As fôrmas são a nossa visão pré concebida. O vizinho da direita enxerga mamona só no lixo. Para ele mamona é lixo.
A fôrma é uma garrafa pet.
Fôrma de palito sujo de picolé de chocolate. Dragão chinês.
Proliferam em locais ricos em nutrientes, geralmente pobres em arrumação. Locais próximos aos rios. Lá tudo muda a 220 volts. É lá que a porca torce o rabo. Locais instáveis. Habitados por pessoas em situações instáveis. Cheias de problemas. Cheias de muita coisa. Locais onde chutam o cachorro depois de um dia de cão. Muito, mas muito bagunçados mesmo. A estética dos nossos olhos associa as bananeiras a isso. Confusões. Lixo, bichos, esgoto, macaco, piolho, barriga d'água, bagunça. Mas se a embalagem muda. Se o Bananal é de casa nobre, no centro da cidade e as bananas tem amigas plantas ornamentais, aí a bananada clean chega a competir com pêssego em caldas na sobremesa da vovó. A forma depende da mudança das fôrmas. Se o vizinho da direita subisse num banquinho para ver essas formas... Ah.! Garanto que parava de jogar lixo por cima do muro e sentava num banquinho a compor uma melodia em cortejo ao margaridão florido.