quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Ser ou não ser lixo



                Recantos energéticos, refúgios da paz invadidos por bárbaros.

        Gargarejo. Comemoro a saída da sprite do meio fio. Três meses de difícil convivência. Ao menos fosse um refrigerante cubano. Reflorestamento e preservação do ambiente florestal.  Despreparo para lidar com verdadeiras situações de risco à contaminação e degradação do ambiente na zona urbana e rural. 
              Declara-se guerra ao “mato” e às plantas espontâneas como forma de controle ambiental de bichos perigosos. Pelo amor de deus! Planta não dá dengue nem "dá cobra" e não é lixo. Lixo também não é inútil. Nem planta nem lixo moram no meio fio da calçada. Não mais. 
Interpretando galhos e folhas apenas como “possível esconderijo de animais nocivos ao homem” é possível incorrer num erro que transforme fornecedores de riqueza natural, sombra, pouso para pássaros, alimentos saudáveis, alegria para crianças e exuberância visual em inóspitos criadores de espécies perigosas. 
Os galhos e folhas ordenadamente espalhados no solo são a “inovação” do chamado “plantio direto”.  Imitam o ciclo natural da matéria orgânica nas florestas diminuindo gastos com adubação. Mas aí galho e folha não é lixo. Isso é palha! Artigos e mais artigos. Teses e pesquisas paia. A revolução da palha.

             Santa palha. Palha nossa de cada dia nos dai hoje assim nas árvores como no solo. Perdoai as nossas ofensas como as dos nossos irmãos que estão no caminho da coleta seletiva. Amém. Lívia, oh Lívia! Com sua ajuda a nossa rua será tão limpa como os nossos quintais. Ajude-me a limpar o ar dos carros de som. Que assim seja. Ô velho rabugento...