quinta-feira, 11 de abril de 2013

Valorização do alimento orgânico






          Tem que ser caro mesmo. Muito mais. Quanto custa o seu tempo? Imagine o trabalho de um dentista. É uma boa comparação. Um dentista é um profissional que tem que ser bom e ser um artista. Quando faz o serviço de qualquer jeito, suas obturações ficam terríveis. Seu hálito começa a afastar as pessoas e você se sente podre. Doente por dentro. Agora, quando ele é bom, resolve seu problema. Quanto vale um sorriso? Esse é o melhor slogan dentário que já vi. 
               Orgânico de verdade deve te fazer sorrir. Como um bom óleo faz um motor funcionar bem. Curioso é que um óleo bom mesmo é sintético e um alimento bom mesmo é natural. Os alimentos mais saudáveis não têm, até hoje, um método geral comprovado e unânime, que ateste sua qualidade e garanta a melhoria na vida toda da pessoa que o consumiu. Existem certificações e selos como times de futebol. Outra boa comparação. Siga aquela que sua família escolheu ou a que as cores são mais bonitas. Missão artística e complicada como uma obturação é a produção e certificação orgânica. De um lado, temos os salgados de isopor comprovadamente terríveis e do outro, os sucos verdes naturais comprovadamente ótimos para a saúde. E no meio dessa escala? Fazer o quê? Orgânicos são os que tentam e se propõem em sua ideologia, ou seja, tem ideia fixa por isso, a proporcionar os mais saudáveis e naturais. Peneiram o supra sumo. Não são menores ou mais atacados pelas pragas não. Isso sim é picaretagem. 
             O ideal seria uma espectometria individual. Uma nova função para o celular. Um tipo de Bluetooth. O greentooth, que identificaria o grau de saudável que tem o produto. Aí você inseriria: tipo de produto: iogurte. A marca do iogurte:  x e um aplicativo calcularia o (prazer/saúde)-benefício do produto. A certificação não iria valer a pena se esse aparelho existisse. Enquanto essa tecnologia fica restrita ao mundo dos nossos sonhos e documentários de TV paga, o preço alto dos orgânicos se justifica. Claro que tem muita coisa boa e melhor sem selo, mas muita coisa pior e bem prejudicial com grandes atrativos sensoriais e vale brindes. O preço é esse. Caro. E muito bom. Mas quem ganha ou doa produtos super saudáveis e saborosos a preço de banana "matada" deve ter noção e saber que a valorização é mesmo muito maior que o preço do ceasa ou da feira. Nesses casos, ao ganhar ou comprar produtos saudáveis, saborosos e  naturais, olhe os dentes do cavalo dado ou tenha fé.