quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sobre adotar um animal doméstico:

       A coisa mais forte que acredito em relação à domesticação de animais é que a hora que podemos agir é na hora da adoção. E a melhor coisa a fazer é não adotar um animal. Cuidar é um gesto nobre. Uma instituição que recolhe animais doentes na rua e cuida deles, eu admiro. O problema é quando eles estão sadios. Um animal doméstico nunca está bem. Ele acaba vivendo a nossa vida sendo o último dos figurantes. Contenta-se com sua regularidade de comida no prato e lugar confortável para descansar.

        É verdade que demonstra alegria em certos momentos, mas não sente o sopro de vida. Isso foi um aprendizado que tive depois de criar cachorro, cavalo, peixe, hamster e periquito. Até hoje, crio uma cachorrinha de rua que apareceu na minha casa órfã e minha esposa adotou. Castramos ela pelo bem da relação entre os cães e o homem. Graças a deus pudemos criá-la sem coleira. Ela é pequena, vira lata e por isso vive passeando solta na rua sem reclamações. Mesmo assim, sinto-me incomodado com a relação de posse que nos foi atribuída.

      Considero que estou fazendo um trabalho de emergência na desdomesticação dos animais.  Aos poucos, castrando, cuidando dos que já estão aí e evitando quando podemos evitar a posse vamos melhorando a situação. Temos que resistir a esse impulso aprisionador e dominador que vivemos hoje. Tenho por ela e por todos os animais e seres vivos uma relação de guarda.

       O ser humano perdeu muito da sua relação com a natureza e resolve dar um jeito colocando um bichinho fofinho no seu ambiente para se sentir melhor. Essa atitude é egoísta. O bichinho cresce e ao invés de nos trazer harmonia, absorve o nosso ritmo desequilibrado. Cuidemos dos animais de rua, sejamos guardiões dos animais selvagens, cuidemos do ambiente e aceitemos os animais que aparecem nele. Tenhamos amor, carinho e admiração pelos passarinhos, maritacas, macacos, cobras, lagartos, aranhas, cotias, capivaras, tapitis, tucanos, sapos, camundongos, gambás, formigas, borboletas e beija flores que estão a nossa volta.




     

2 comentários:

  1. Olá Bom Dia!
    Á procura de respostas sobre a colheita das abóboras vim parar ao vosso blog que achei muito interessante, pois eu gosto muito da natureza.
    Fiz uma horta para a minha mãe que está com Alzheimer para ela se entreter pois sempre gostou muito de andar a mexer no quintal, mas o que é certo é que ela não deixa crescer as coisas, apanha-as antes do tempo. É o que está a acontecer com as abóboras: ainda nem sementes têem. Eu posso aproveitar as abóboras parea a sopa ou para guisadas assim mesmo sem ainda estarem maduras? Ou faz mal? Tenho essa dúvida. Se me puderem esclarecer agradeço.
    Um Bom Dia!
    Margarida Esteves
    artedaavo@sapo.pt

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  2. Guida,
    Tem gente que gosta mesmo é de abóbora verde. Dependendo da variedade da abóbora se diz que é melhor mais verde ou mais madura. Mal nunca me fez e pelo conhecimento popular que tenho digo que pode cozinhar ela verde tranquilo. Pode até comê-la crua. O ponto de colheita é um conhecimento bem refinado, digno dos grandes chefs e das grandes avós. O melhor jeito de saber se fica bom é fazer uma sopa e experimentar. Só não vale pôr a culpa na abóbora se não ficar bom. Hehehe. Qual é o tipo da abóbora que você plantou? Podemos pesquisar uma receita legal com ela. Abraço.

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