sábado, 24 de abril de 2021

O caminho do meio

 


O caminho do meio

O caminho do meio é ceder algo, mas não aquilo

Ou é ceder exatamente aquilo para viver o que se pode e não o que se quer

O caminho do meio é confiança de que a força não é o caminho

De que a evolução é um sentido

Um de muitos

Caminhar para o meio é de alguma forma voltar

Voltar para o umbigo, para o lugar quente

Caminhar para fora é puxar a velocidade

No início pensava em defender a necessidade de provocar as mudanças positivas

Sinto grande admiração

Mas sou sempre reconhecido como no meio pelos dois lados

E não consigo chegar ao caminho do meio

A força que temos. Temos.

Capacidade de se comunicar com quem a princípio achamos no oposto

No meio conversamos e tomamos parte

É o intervalo de descanso

quarta-feira, 10 de março de 2021

Primeiros plantios

 

Plantio em Janeiro/2021

Preparei o solo capinando área de puro capim elefante. Com a ajuda de meu filho mais velho Bernardo. De 14 anos. Em 300 m2 de plantio, jogamos 10 kg de calcário. Incorporamos no solo com a enxada e aguardamos duas semanas.

Por volta do dia 15. Com ajuda do Bernardo e de minha esposa Jahnavi e de meu filho mais novo Nitai, de 6 anos, preparamos o solo dos berços com 3kg de farinha de osso, 1,5 kg de torta de mamona e 5 sacos de esterco bovino do curral da Fazenda Monte Cristo.


Plantamos nessa área 300m2 de milho crioulo da Pedra Negra:(Miriam) sementes que colhi em Ibiá.

Junto do milho, plantamos quiabo chifre de veado. (sementes que colhi em Ibiá).

Plantamos em berços a 40cm de distância. Milho e quiabo. 5 sementes de cada. Para desbastar em fevereiro e março. Eu, Bernardo e Jahnavi preparamos o solo incorporando esterco mamona e farinha de osso e Nitai colocava as sementes e enterrava.

Fevereiro de 2021

Por volta do dia 20 de fevereiro peguei 20 mudas de brócolis e 25 mudas de couve com Guilherme (Faz. Monte Cristo). Plantei as mudas com ajuda da Jahnavi na horta ao lado do Engenho. Plantei também estacas de amora preta, sementes de araçá e ameixa, que coletei na própria fazenda.

Em outra área de aproximadamente 300 m2 para cima do caminho da cachoeira, tomada pelo capim elefante, fui fazendo berços para o plantio sucessional de amora, ameixa, araçá e goiaba. Aproveitei os berços para o plantio de quiabo chifre de veado, milho, mamão formosa a lanço (do mercado de Trajano) e manjericão (estacas da Fazenda Monte Cristo).




Enriqueci a horta do engenho com estacas de manjericão (estacas da Fazenda Monte Cristo).

Plantei Maracujá para subir nas árvores da Fazenda. Por volta de 50 mudas que fiz com maracujá que comprei no Joãozinho (Monte Café).

Março de 2021

 6 de março: Desbastei milho e quiabo e apliquei 3 kg de torta de mamona incorporado no solo superficial ao redor das mudas de couve, brócolis e dos milhos e quiabos que ficaram. Plantei mais 4 mudas de manjericão no plantio de frutíferas sucessional. 





quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

CHEGADA NO MONTECRISTO AGROFLORESTAL

 

Chegada em uma área nova

Cheguei no Monte Cristo Agroflorestal

Início de um novo processo

 

A velocidade em que as coisas começam a acontecer depende do quê?

Primeiro depende da vontade. É preciso vontade para iniciar qualquer processo.

Depende também da disponibilidade de tempo.  A questão do foco. Só conseguimos ajustar nosso foco quando acreditamos no que estamos fazendo. Colocamos nossa vida. Nossa energia vital no que acreditamos.

Depois depende da natureza das coisas. De algo que não controlamos, mas tentamos entender.

Para tentar entender é preciso ir fazendo. No modo da bondade.







segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Existem Diferenças de manejo. Diferenças de visão. Retrospectiva.

 

Há 9 anos atrás, empolgado, eu começava uma empreitada no “lote agroflorestal”. Primeira postagem desse blog. Peguei emprestado um lote sujo e abandonado e comecei a plantar e conviver com esse agroecosistema. Esperava que algum dia essa seria minha sala de aula. Foi. Aula mais particular para mim do que imaginava.  Juntei sementes, carinho, motivação e conhecimento e decidi empreender na prática as ideias que tinha, que tenho, no espaço que o mundo me cedeu.

Grandes ensinamentos. Trabalhei a limpeza do lote, briguei com alguns vizinhos. Um dia joguei no ato uma fralda suja que a vizinha acabava de jogar lá para dentro. Deu uma confusão. Despertei admiração em outros vizinhos. Em outras pessoas, de outros lugares, que já me conheciam também. O margaridão virou discussão no Codema (conselho municipal de meio ambiente). Se era mato ou era flor, sujeira ou jardinagem. Levei alguns seres humanos para conhecer essa experiência. A goiabeira que vivia no lixo. Foi junto comigo uma das que mais se beneficiou. Roubaram, levaram um cacho de bananas que tava bonito. Ficou na minha memória. Rancor. Pilantragem. Não aceitei isso bem. Aconteceram coisas boas e ruins na minha vida também. Nesses 9 anos. Foi tudo entrando numa nova sintonia e meu lugar foi para perto dali, para outro lote. Mas aquele inicial que era emprestado não saiu do lugar. E hoje voltou a ser um local pobre. Mais inerte. Bom, fiz o que eu podia e o que sinto em relação a esse local, esse pedaço da pele do planeta. Parece que está com micose. Uma purulência cíclica. Ainda não encontrou a hora. Os seres humanos que estão cuidando dele agora gostam apenas de espaço inerte. A braquiária sobrevive ao fogo.


Há 5 anos atrás comecei então a cuidar do meu quintal literalmente. Foi um espaço terapêutico e de diversão e alegria.

                                                        LOTE DO FELIPE EM 2015

Cada espaço e cada planta teve um significado. Não descansei até preencher cada centímetro com as plantas e invenções que achava que seriam emocionantes e trariam vida e evolução a esse pedaço. Ele era um pasto. Muitas formigas cortadeiras. Hoje tem goiaba, pitanga, amora, alface, couve, alho poró, lichia, abacate, banana, mamão, jaboticaba, bambu, taioba, araruta, limão, laranja, tulasi, manjericão,  tomate, erva cidreira, alfavaca, babosa, ipê roxo, ipê amarelo, embaúba, abacaxi, ora pro nobis, carqueja, murta, manacá, rosa, parreira, macadâmia, hibisco, juçara, pupunha, coquinho babão, araçá, morango, açafrão, gengibre, guaçatonga, canela, bardana, acerola, bertalha, malva, cana caiana, coco, hortelã, jasmim manga, bálsamo, café, lírio, cebolinha, galinha, peixe, sapo, perereca, coelho, gato, saracura, teiú, gambá, coruja, pardal, sabiá, bem te vi, maritaca, anur, alma de gato, tucano, soldadinho, joão de barro, guaxo, corrupião, beija flor, curicaca, sagui, trocau, crianças, formiga preta e parece que as cortadeiras sumiram, mas ainda tem capim braquiária e margaridão.


                                                              LOTE DO FELIPE 2020

 Em cinco anos consegui juntar essa turma aí e fazer muitas festas nesse quintal.  E ano que vem vou expandir a dinâmica e energia para outro pedaço de pele do planeta. Uma que está numa fase boa também. O Montecristo Agroflorestal no estado do Rio de Janeiro. Lá vou encontrar minha turma. Porém, se encontros de vida e alegria acontecem, outros de desertificação e ignorância também. O lote do vizinho aqui ao lado, que um dia foi um pomar bonito, de uma velhinha que gostava das plantas. Hoje caiu nas mãos do pessoal que resolveu não deixar mais nenhuma árvore para os pássaros e entrou na onda da limpeza inerte. Os pássaros voaram para o lado de cá.

 


Quintal da velhinha que gostava de plantas.


Quintal do lado de cá. 2020


quarta-feira, 4 de setembro de 2019


Sobre as queimadas na Amazônia li excelente artigo sobre como se trata a compensação ambiental na prática.

benefício equivalente ao dano se concretize.

“[...] o Decreto em questão apenas dissimulou os critérios julgados inconstitucionais pelo Supremo, através de subterfúgios, ignorando, assim, a imposição da fixação do montante dos recursos a serem destinados pelo empreendedor em consonância com o impacto ambiental negativo que possa ser gerado por seu empreendimento.”

Como alcançar o equilíbrio entre os danos e os benefícios?
Viver é bem melhor que sonhar.

“No mesmo sentido foi a Resolução CONAMA n. 371, que, em seu art. 15, fixou o valor da compensação ambiental em 0,5% (meio por cento) dos custos previstos para a implantação do empreendimento, até que o órgão ambiental estabelecesse e publicasse metodologia para definição do grau de impacto ambiental. Desse modo, o tratamento seria igual a todos os empreendimentos, independentemente do grau de impacto.”

Enquanto há bagunça há muito lucro para os ratos. Igual para todos...

à luz do caso concreto.

“Entretanto, esse mínimo poderia corresponder a quantia tão elevada que chegaria a ser desproporcional aos danos causados, afastando assim o verdadeiro propósito da compensação ambiental, que é de contrabalançar uma perda ambiental, e não de gerar recursos financeiros (BECHARA, 2009)”

É um problemão: Onde empregar tanta energia criando tantos benefícios? Quem sabe segurar não sabe soltar...

Conclusão: é preciso aprender a se equilibrar para não cair.

Fonte: Paula Paes de Almeida 1 Ana Cláudia Duarte Pinheiro 2 (O valor da compensação ambiental) REVISTA DE DIREITO PÚBLICO, LONDRINA, V. 6, N. 3, P. 39-52, OUT/DEZ. 2011.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019



Sobre o mapa de áreas Protegidas que diz dificultar a agricultura:


O mapa possui todo tipo de áreas de interesse ecológico, áreas legalmente atribuídas a conservação, áreas atribuídas a indígenas e quilombolas, áreas de cobertura florestal passíveis de intervenção, áreas de domínio particular reservadas a conservação. A legalidade de cada tipo de área deve ser discutida como se discute a legalidade da propriedade privada.
Fez de modo proposital para colocar que todas as áreas seriam passíveis de atribuição à agricultura e estão “paradas”.
Não pode ser considerado um argumento válido porque a expansão da agricultura deve ser realizada respeitando a propriedade privada e o histórico de ocupação de cada área. O mapa chega à uma conclusão válida: que o Brasil possui 64 milhões de ha de área cultivada. 8% da sua área total. Ok. Os EUA têm 18%. Contando que o Brasil tem capacidade de expansão regular de 90 milhões de ha. Podemos chegar ao mesmo percentual dos EUA. Sem conflitos.

Sobre a crescente extinção da Floresta Tropical:


O Brasil é o maior responsável pelo desmatamento atual. Essa é a realidade. Não preserva o meio ambiente. Possui meio ambiente muito rico. Não preserva. Preservar significa manter.

O Brasil foi o que mais perdeu florestas entre 2000 e 2005, cerca de 165 mil km2 em números absolutos, sem contar prejuízos com degradação florestal. Isso quer dizer cerca de 3,6% de tudo que havia em 2000(...) (beefpoint.com.br)

Não existe manutenção da floresta, nem da qualidade nem da quantidade de recursos disponíveis. Tão pouco realiza manejo sustentável. Aproximadamente 30 mil Km² são desmatados por ano (dados beefpoint) a maior parte de forma ilegal, por queimadas e sem aproveitamento de madeira e sem retorno financeiro ao estado brasileiro. Colocar um mapa com a área de florestas legalmente destinadas a preservação e dizer que o Brasil preserva porque ainda tem muita floresta é como dizer que os norte americanos comem pouco porque ainda tem muita comida na américa do norte. Não existe relação lógica. O que existe é relação lógica entre taxa de desmatamento e preservação. Se a taxa é alta a preservação é baixa.
Fonte: https://www.beefpoint.com.br/estudo-mostra-que-percentual-de-desmatamento-e-maior-nos-eua-e-canada-63297/

 Sobre a CULPA não ser do Brasil:


                Quando eu estava na escola os meninos mais velhos batiam nos meninos mais novos para eles não poderem jogar bola na quadra. Se quando eu cresci continuei a bater nos meninos mais novos como era o costume, isso não significa que essa é a atitude certa a se fazer. O Brasil repete os erros dos países mais antigos e mais degradadores do meio ambiente. Essa não é uma justificativa para se omitir da questão afirmando que o estrago aqui em termo de porcentagem da vegetação nativa não chegou ao índice dos EUA. A MAIORIA DOS MENINOS ESTÁ ERRADA E O QUE TEM MAIOR FACILIDADE DE MUDAR É O BRASIL QUE AINDA TEM TEMPO. Temos uns 150 anos mais ou menos considerando o ritmo do desmatamento predatório.

sábado, 12 de abril de 2014

Como encabar enxada

Facão, martelo, cabo de enxada, pedaço de cabo para fazer a cunha, uma serrinha e um suporte de madeira para esculpir a cunha.
1- Posicione o facão na extremidade do cabo e bata com o martelo bem "de leve" para abrir o cabo.
2- Cuidado ao soltar o facão do cabo. Movimento devagar para baixo e para cima.
3- Para esculpir a cunha pegue um pedaço grande de um cabo e nunca levante o facão acima da sua mão que segura o cabo ( se for precisar dela no futuro).
4- Posicione corretamente a cunha e a enxada (no vídeo é um enxadão) e bata o martelo.
É como afinar violão. Com a prática fica mais fácil.